segunda-feira, 29 de maio de 2017

A RELIGIOSIDADE QUE NOS APRISIONA





Quem nunca não é? 
Quem nunca viu a sua frente, uma situação de morte espiritual aliado a uma total falta de esperança? Eu já me vi, vivi e creio que a grande parte da maioria cristã também. 
Hoje está sendo, infelizmente, muito comum esta situação; tendo em vista, que a Igreja de Cristo está contaminada além de outras coisas pela religiosidade ao ponto em que não conseguimos pensar por nós mesmos e principalmente, porque não lemos a Palavra de Deus e meditamos nela. É uma espécie de prisão invisível que nos tole, nos limita, nos corrompe sem mesmo nos darmos conta e nos enche de mentiras "bíblicas" as quais não nos permite pensar com nossa própria mente. A oxigenação necessária ao nosso entendimento é o refletir sobre a Palavra e deixarmos que ela se torne sementes capazes de encontrar em nós um coração fértil para absorvê-la (Mateus 13). 

A religiosidade corrói e destrói qualquer que seja o nosso grau de intimidade com Deus, porque nos afasta do amor Dele. A religião foi criada pelo homem por ter ele uma necessidade enorme de preencher um vazio, mas esse vazio não se preenche com  religião e muito menos com religiosidade; esse vazio dentro de nós é exatamente do mesmo tamanho de Deus. Não desmerecendo as religiões existentes no mundo a fora e tendo o respeito devido vou me ater somente ao que tange essa palavra chamada de religiosidade, porque não sei se entenderam existe religiosidade dentro da doutrina cristã/evangélica a qual eu me incluo também. Isso prova que em quaisquer seguimento religioso existe a tal religiosidade criada em particular pelo homem.
A religiosidade afeta terrivelmente a nossa vida, porque coloca Deus como um ser inalcançável para nós meros mortais. Na verdade Deus nos deu inteligência e livre arbítrio justamente para que possamos pensar e tomar as decisões sobre quaisquer que sejam os assuntos. Vale lembrar que toda ação gera reação e temos que ter a consciência de que haverão consequências boas ou ruins a cerca da decisão que tomamos. 
Embebidos na religiosidade somos motivos de chacotas pelas pessoas que vêem nos religiosos o total desequilíbrio emocional extremista e principalmente, a total falta do conhecimento da Palavra.  
Muito me entristece este tipo de pensamento e não digo só da boca pra fora, mas porque a internet está aberta e acessível a todos; em sua maioria são de exemplos tristes desses religiosos que trazem a vergonha para o nosso meio. Outro dia vi e ouvi um pregador/pastor afirmando "que fala ao celular com Deus" e outro "que Eva foi estuprada pela serpente e com isso surgiu a semente dos gigantes, porque ela, batia em sua cintura". Eu fico imaginando como Deus fica ouvindo esse tipo de sandices e como entristecido seu coração de Pai doador e criador também não se aperta, porque não foi nada disso que Ele deixou escrito. Ai vem um ser humano e questiona o povo de Deus e esse povo não consegue argumentos para responder as perguntas e por isso, inicia-se um conflito, porque não se tem nenhum respaldo bíblico em tais afirmações, princialmente em assuntos polêmicos, tais como, divórcio, homossexualismo, sexo antes do casamento em pleno seculo 21 e etc. Basicamente seria o diabo te confrontando o tempo todo usando a boca dessas pessoas que sobem em púlpitos e alimentam a mente distorcida da religiosidade de outros e contamina toda a igreja. E o pior que no vídeo conseguimos escutar uns glórias a Deus....aleluias, e é verdade!
É um exemplo tosco, mas infelizmente é verdadeiro (vá no Youtube e coloque o inicio da frase sublinhada acima). Tem como não se irar com uma coisa dessas? Jesus que era Santo saiu derrubando tudo no Templo quando ele viu o tanto de coisa errada que acontecia que transformava a adoração em comércio! 

Onde está a Identidade do povo?
O que Deus Diz sobre o povo?
Que nível Intimidade  esse povo tem em Deus para viver na religiosidade?

Estes questionamentos são muito importantes para que tenhamos um entendimento mínimo que seja sobre a nossa vida com Deus. Efésios 4:14 te orienta a buscar e ficar na verdade sem ser levado por ventos de doutrinas como acontece hoje em dia. Saber exatamente quem você é como servo, quem você é para Deus  e qual seu grau de intimidade com Deus é que faz o diferencial e não permite que a religiosidade ou o inimigo nos afete. Quando não conseguir definir e viver em nossas vidas esses entendimentos estaremos abertos a sermos fantoches nas mãos dos que manipulam a religiosidade. A grande batalha campal entre o bem e o mal não se dá no âmbito físico; se dá dentro de nós mesmos tendo em nossa mente como sendo o terreno onde tudo acontece. 

Uma experiência vivida por mim demonstra claramente o que da falta de identidade faz na vida de uma pessoa e acaba suscetível a dar passos errados na vida. Por muito tempo em particular foi difícil de responder o que me levou a uma vida repleta de conflitos, tentativa de suicídio e diversas más escolhas e decisões. A primeira coisa que o inimigo nos tira é a nossa IDENTIDADE, porque ele consegue nos convencer de que de nada valemos e que não vale a pena viver nesse mundo cão. Eu ouvia isso constantemente nos meus ouvidos dia e noite durante toda a minha infância/adolescência. Tive uma educação muito rígida em que meus pais não demonstravam seus sentimentos, tais como abraçar, beijar e incentivar. Quando entrei na adolescência aí que a coisa ficou feia e tive vários conflitos complicados. Se eu contar toda a minha história de vida daria um livro e não caberia num blog...rsrs. Mas o que gostaria de salientar é que quando você é jovem e sem algum tipo de apoio, estamos fadados a caminhar por caminhos ruins. Sofri e muito, mas hoje vejo o quanto Jesus me amou, porque quando tomei um vidro inteiro de Valium (Diazepam onde é usado como medicamento calmante) aos 13 anos de idade acreditando naquela voz que vinha na minha cabeça e que iria dormir e nunca mais acordar, o resultado foi outro para a Glória de Deus. Somente bem mais tarde e depois de entregar a minha vida a Cristo entendi o porque o remédio fez o efeito contrário e não me levou a morte; Deus tinha um plano para minha vida  e cometer suicídio não estavam nesses planos. Não culpo meus pais pela educação que tive, porque entendo que eles fizeram o melhor que ele puderam fazer por mim. Hoje entendo que todo o sofrimento que passei nessa vida era para eu resgatar a minha identidade e ter a total convicção de que por mais que eu tivesse um pai na terra (o Sr. Osmarino que me criou); eu tinha principalmente um Pai no Céu que cuidou de mim mesmo eu não vem do luz no fim do meu túnel. O sofrimento nos molda e com ele o nosso caráter. Pronto! Tinha me descoberto e minha paternidade eterna. Aliviada? Ainda não...

Precisava entender quem eu era pra Deus como era essa tal INTIMIDADE que tantos falavam o tempo todo depois que entreguei minha vida a Jesus. Eu queria muito isso, mas ninguém me ensinou a buscar e nem como buscar. Seria mais provável que eu não estivesse preparada ainda para aprender a ter essa sinestesia com Deus. Por conta disso fiz uma pesquisa rápida e descobri que em 36 momentos na Bíblia, Deus diz quem somos nós para Ele; ou seja, encontrei 36 razões e indicações de quem somos diante de Deus. Para alguns podem se identificar com outros versículos, mas para mim existem dois que diria que são muito especiais. Primeiro está 2 Coríntios 10:5 que trata de como devemos deixar de lado entendimentos egoístas, mentiras e sofismas criados pela humanidade ao longo do tempo que nos impede de conhecer e ter um relacionamento com Deus. Era preciso deixar sim os nossos pensamentos presos/cativos para somente absorvemos os ensinamentos trazidos por Deus através da Palavra. O maior campo de batalha espiritual é a nossa mente e por isso ela precisa ser renovada com a Palavra da Verdade. Levou um tempo, creio que um certo amadurecimento espiritual e mental para entender como funcionava a dinâmica dessa Intimidade, porque não podia haver de uma vontade própria, das minhas vontades,  do meu querer; o eu tinha que sair de cena para que o Espírito Santo pudesse se aproximar de mim de uma forma que eu entendesse essa aproximação. Todos falam que quando entregamos a nossa vida a Deus o Espírito Santo começa a habitar em nós, mas não sabemos o que na realidade o que isso significa e como nos relacionarmos com Ele. Tudo existe e exige um certo tempo inclusive para o nosso amadurecimento espiritual; porque como uma vez um pastor amigo disse que não se pode dar feijoada para uma criança comer tendo em vista que seu estômago não tem como digerir tudo aquilo. Assim acontece conosco, porque temos que ter um "estômago" desenvolvido para que consigamos digerir o que Deus nos dá. A Revelação da Palavra parte desse tipo de princípio, pois precisamos estar prontos e preparados para receber as Revelações de maneira responsável e conscientes do que fazer com ela. Amadurecer leva um tempo e dependendo da pessoa e de sua "fome" de Deus esse tempo é variável, mas o mais importante é ter o entendimento que essa relação é construída com base na confiança, amor tempo e dedicação. É preciso ter uma certa rotina assim como Deus fazia em Gênesis quando Ele todos os dias ia visitar Adão e para Ele era um momento único, porque Ele estava diante de Sua criação. Vocês sabiam que somos comparados a um pouco menores dos que os anjos do céu e isso denota o  tamanho da nossa importância para Deus. (Efésios 2:4-5)

Outro versículo que me afeta positivamente é o de Jeremias 18:5,  onde Deus mostra ao profeta uma olaria e como oleiro trabalha o barro para fazer seus jarros/odres. Assim como o primeiro homem foi feito da matéria prima mais básica que existe, o barro, no qual Deus não se importou em se sujar para moldá-lo, Ele o fez imaginando que estivesse fazendo a si mesmo e imagino que no coração do Pai havia muito amor e alegria neste gesto, pois ele além de moldá-lo ele não se deu por satisfeito e sobrou-lhe o fôlego de vida. Deus não queria um boneco, um fantoche que ele poderia brincar com o homem, mas queria que houvesse interação, troca, relacionamento mútuo, dividir sentimentos, ensinamentos, enfim, tudo ao que se refere um relacionamento entre pessoas que se amam e se respeitam principalmente. Depois da queda do homem veio junto a quebra do relacionamento com Deus e isso afastou a humanidade do propósito ao qual Deus tinha criado o homem, ou seja, de ser um amigo/filho; ser um adorador em espírito e em verdade. Nessa passagem em Jeremias Deus mostra como Ele refaz o homem, como somos remoldados, como Ele nos quebra para refazer-nos como barro nas mãos do oleiro e como Ele fará a obra em nós. É doloroso ser quebrado, moído, refeito, amassado, colocado no forno para endurecer. Tudo isso é doloroso, mas quando miramos na Cruz mesmo que doa devemos nos submeter a vontade Dele, porque só assim Ele poderá nos moldar novamente sempre que necessário. Ser moldado pelas mãos do Senhor nos edifica, nos ensina, nos renova e nos alinha.  Ser um adorador não quer dizer cantar louvores aos domingos e pronto; ser adorador abrange ter um relacionamento efetivo e aberto com Deus, onde você se desnuda de tudo para se colocar diante Dele como você é e a partir desse momento ser possível novamente existir uma troca. Quanto mais nos colocamos aos pés de Deus mais perto Dele chegamos e mais das coisas espirituais nos é revelado. Isso é intimidade com Deus... Isso é não permitir que a religiosidade hipócrita direcione seus passos... isso é o remédio que precisamos para curar as nossas feridas, deixarmos para trás o que é passado e seguir a diante vivendo a vitória. A religiosidade te rouba tudo o que Jesus fez na Cruz. Enquanto não temos este conhecimento Deus releva e cobra com menos severidade, mas a partir do momento que temos este conhecimento isso lhe será cobrado (Lucas 12:47-48). 


Agora vocês já sabem! 

RELIGIOSIDADE MATA OS PLANOS DE DEUS PARA NÓS...PENSE EM VIVER A VIDA DA VERDADE...PENSE EM VIVER LIVRE! 
LIBERDADE É ESTAR COMPLETAMENTE CATIVO A VIDA COM CRISTO. 
VOCÊ ESTÁ CERTO DISSO? POSSO PERGUNTAR?



Cristina Miranda - Espaço Elohim




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Cristina Cunta - Espaço ELOHIM