quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O QUE TE FARIA PARAR E/OU PARALISAR ?






Já se deu conta de quantas perguntas temos que responder ao longo de nossa vida? Já se deu conta que muitas delas morremos e não conseguimos encontrar a resposta?  Essa forma de linguagem é muito interessante, porque na verdade a resposta quem dá é quem perguntou e não o questionado. E em via de regra essa resposta é tão profunda que acaba mexendo com certos ideais que ainda cuxjzuarregamos dentro de nós devido a forma de como vivemos e em que tipo de sociedade estamos inseridos. Essa forma linguística de nossa gramática se chama redarguir que significa argumentar, responder com uma pergunta. Essa forma de comunicação vem do verbo arguir ou perguntar que quando respondemos a uma pergunta com outra pergunta chama-se redarguir. Já se deu conta de quantas vezes Deus te respondeu fazendo uma pergunta e você conseguiu receber a resposta de você mesmo? Deus é Mestre em redarguir, porque assim nos força a pensar e encontrar a resposta dentro de nós. Pode-se usar esta forma de questionamento de maneira contundente e até mesmo grosseira como por exemplo: Fulano arguiu Sicrano, porque não foste a reunião? Sicrano redarguiu, por acaso isso te interessa? Podemos dizer que seria a famosa troca de gentilezas...só que NÃO! Porque entrar nesse mérito tendo como tema uma pergunta e diria que não é uma das perguntas mais fáceis de se responder não. O QUE TE FARIA PARAR E/OU PARALISAR? Ouço muitos do nosso meio que diz com o peito estufado que NADA o faria parar, mas posso dizer que 99% seria falácia, ou seja, mentira, só para não ficar mal na fita. Eu parei muitas vezes em minha vida e a poucos dias atrás foi uma dessas ocasiões. Parei quando descobri que eu não era filha de quem diziam ser; parei quando tentei suicídio na adolescência; parei quando estava a beira de perder para a morte a minha única filha menina; parei quando me feriram nos ministérios que passei; parei quando homens diziam que eu não era nada, porque não tinha títulos; parei quando me entristeci com a igreja instituição; parei quando meu marido me traiu; parei quando perdi meu pai que me criou; parei quando vi a vida dos que amo estar em perigo por conta de um furacão onde eles estavam agora em 2017. Muitas dessas paradas levaram dias, meses ou anos para ser tratada, curar e passar. Somos impactados por adversidades o tempo todo e não me digam que esses episódios que te impactam não te param, porque afirmo que é mentira. Sabe porque é mentira? Por que somos humanos e é natural parar diante da adversidade, até porque quando recebemos o impacto da situação o instinto nos faz parar. A palavra parar significa interromper-se momentânea ou definitivamente atividade ou operação; essa palavra tem uma abrangência de forma que pode-se parar por um momento e em seguida retomar o percurso,  a direção; quaisquer que seja a ação. Mas o significado de paralisar é bem específico; tornar-se paralítico, tornar-se incapaz de ação ou expressão. Mas afirmo também que quando deixamos as adversidades tomarem conta de nós elas também são capazes de nos paralisar. Parei por diversos motivos e consegui me recuperar, sarar a alma e seguir em frente. As adversidades muita das vezes nos param, mas o medo, a dor profunda  paralisa e as vezes é difícil se recuperar sozinho. 

Olhando com olhos de curioso podemos ver que existiram muitos personagens bíblicos que sofreram com essas duas palavras; muitos pararam e outros tantos paralisaram e desistiram. 
Moisés parou diante da revelação que Deus fez a ele; indagou quem ele era, o que ele diria, disse que os egípcios não acreditariam nele, ele se achava incapaz de falar com eloquência, pediu que enviasse qualquer um mais capacitado menos ele. Mas diante de tantos entraves e questionamentos Moisés parou, mas não paralisou, ou seja, ele fez o que Deus lhe pediu e foi o grande libertador do povo judeu. Em Atos 13:8 surge um personagem que paralisou e não seguiu o que lhe foi pedido. João Marcos estava ajudando Barnabé e Paulo em sua viagem missionária, mas quando sentiu as primeiras dificuldades deixou-os sozinhos e voltou a Jerusalém. Ele permitiu que as dificuldades o paralisassem e literalmente fugiu, porque ele não queria passar pelo o que eles estavam passando para levar a Palavra de Cristo. Ele era um covarde? Não posso afirmar isso, mas ele simplesmente desistiu e voltou, ou seja, deu um passo para trás. Medo todo mundo sente, pois o medo é um mecanismo de defesa física e mental que acontece biologicamente em nosso organismo quando nos encontramos em um perigo iminente. Mas o medo que te faz paralisar e não permite que você cresça, ande adiante, rompa, se limite, fará de você uma pessoa propícia a ter muitas dificuldades de lidar com os infortúnios, frustrações, problemas e grandes aflições. Quando somos acometidos por alguma doença temos duas opções: ou paramos ou nos paralisamos diante da tão temida doença. Ela vem sorrateira e sendo ela silenciosa é ainda mais algoz do que talvez uma que se manifeste logo de pronto. Paramos diante ao choque da notícia que não esperamos e não é fácil muita das vezes em se digerir, mas tentamos nos apegar ao que realmente tem valor e que pode nos ajudar nesse momento difícil. Contamos com a família, amigos e sempre procuramos Aquele que nem sempre temos o mesmo relacionamento que temos com a família e amigos, Nosso Pai...

E quando não temos ninguém na vida e tudo está contra tudo e todos? O que fazer? E volto a pergunta do tema: O QUE TE FARIA PARAR E/OU PARALISAR? 
Visitei um lugar e soube um pouco mais de um personagem da nossa História que travou as duas coisas; ele parou e paralisou, mas não se deixou abalar por conta de sua condição. O nome dele era Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Nascido mais ou menos em 1730, pois não existe um registro preciso sobre seu nascimento era filho de uma escrava e um mestre de obras português. Desde a infância observando o seu pai trabalhando começou a entalhar e esculpir. Quando estava com seus 40 anos foi acometido por uma doença degenerativa que o atingiu em suas articulações e isso o limitou em seu ofício, porque aos poucos foi perdendo os movimentos dos pés e das mãos. Tinha um ajudante que colocava em seus punhos suas ferramentas e mesmo com TODAS limitações não parou de fazer o que mais gostava, o que melhor sabia fazer que eram suas esculturas e afrescos de estilo barroco. Enquanto ele estava saudável suas obras era equilibradas entre a harmonia e serenidade, mas quando acometido por tal enfermidade ele produziu as suas obras que mais o elevou o seu trabalho e conquistou até os dias de hoje a admiração de todos que conhecem e trabalhos esses reconhecidos mundo a fora. Sua dor e limitação se eternizaram em obras primas do estilo barroco brasileiro. Foi no momento da dor e da incapacidade física e degenerativa que ele criou Os Passos da Paixão de Cristo e Os Doze Profetas; sessenta e seis peças foram feitas em madeira e 12 em pedra-sabão. E com tanto talento e tenacidade morreu pobre, doente e abandonado na Cidade de Ouro Preto em 1814 (fonte:https://www.suapesquisa.com/aleijadinho/). Ele tinha tudo para deixar a vida passar e ser levado pelo desespero, pois sua situação de saúde era irreversível e incurável. Ele poderia desistir, parar e simplesmente paralisar, já que literalmente ele não andava mais e sim se arrastava no chão. Ele tinha tudo para desistir pela sua condição social de ser filho de negra escrava por isso ser um mulato; ele tinha tudo para deixar o talento que diria ser mais do que talento, mas um dom dado por Deus para expressar em esculturas e entalhes o que mais belo ele poderia fazer. Como disse e repito quando visitei o lugar fiquei emocionada com a beleza do que estava diante de mim; não conseguia ver a idolatria, o local em que eu estava (uma igreja católica), mas via somente o História contada e deixada para a humanidade apreciar e saber da história desse brasileiro humilde que morreu pobre, mas que tinha em seu coração em desejo enorme de continuar a fazer o que de melhor ele sabia fazer...esculpir e entalhar peças em estilo barroco. Como deixar passar batido uma figura como essa? Não julguemos o fato dele estar voltado para os trabalhos dos ricos da época que construíam suas próprias igrejas e tinham até seus nomes gravados nos bancos; não julguemos que ele esculpiu imagens que para nós não tem sentido e por isso não adoramos imagens; naquela época o Brasil era católico de carteirinha. Não julguemos nada, pois não somos dignos de julgar a ninguém, mas podemos tirar de tudo que escrevi uma grande lição... 

Somos passíveis de parar sim, questionar sim, paralisar também, mas o que não podemos e nem devemos é desistir, pois como um louvor muito bonito que gosto que diz...
"NÃO DESISTA NÃO PARE DE CRER OS SONHOS DE DEUS JAMAIS VÃO MORRER...NÃO DESISTA NÃO PARE DE LUTAR.. NÃO PARE DE ADORAR...LEVANTA OS TEUS OLHOS E VÊ DEUS ESTÁ RESTAURANDO TEUS SONHOS E A TUA VISÃO". Quando não vemos o que Deus tem para nós e não somos capazes de entender as intemperes da vida acabamos que paramos, paralisamos e desistimos de tudo. Quando Deus nos chama não podemos parar no meio do caminho ou paralisar, porque ficou difícil a nossa missão, mas precisamos ficar de pé e ir até o fim. Jesus pagou um alto preço por mim e por vocês e não podemos desistir por nada e nem por ninguém. Reveja seu conceito: EU NÃO POSSO...EU NÃO CONSIGO... ESTÁ DIFÍCIL PARA MIM...

O QUE TE FARIA PARAR E/OU PARALISAR?


Cristina Miranda - Espaço Elohim

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Cristina Cunta - Espaço ELOHIM