Os Instrumentos do Arqueiro

Arco: O Arco é um instrumento que o Arqueiro utiliza para lançar a Flecha. Hoje ele pode ser feito de materiais modernos e também usado como uma modalidade esportiva, mas gostaria de ater-me ao Arco simples; Arco de um galho de madeira. É necessário ser uma madeira macia e maleável, por que como próprio nome do objeto diz, ele é um arco possui uma pequena curvatura no centro. O galho duro quebra, portanto, madeira rígida não serve para ser Arco. 

Além de seu formato peculiar, o Arco precisa ter um fio resistente chamado corda para arquear esse pedaço de madeira. Quanto maior a maleabilidade da madeira de curvar-se maior é a potência do lançamento da Flecha neste Arco. 

A madeira não pode ser torcida e nem pode ter calombos, e tem que ser o mais reta possível e deve ter flexibilidade. Os galhos mais altos de uma árvore bem grande costumam ser mais flexíveis devido à ação do vento chuva e todas às intempéries da natureza. O Arco bom é um Arco de madeira castigada pelo tempo.

Flecha: A Flecha é formada por uma haste de madeira que tem começo e fim. Existe uma ponta afiada para atingir o alvo e uma ponta que a faz se estabilizar durante o lançamento. Sem esta ponta não haveria a precisão no lançamento e é por isso que a flecha precisa ter o arremate na sua outra extremidade e isso se chama o contra ponto da Flecha. A Flecha afiada alcança o alvo e lá fica fixada aguardando que alguém remova voltando muita das vezes novamente para a aljava. Mas algo de muito interessante acontece com a flecha ao ser lançada. Para ela chegar ao seu alvo, o Arqueiro precisa puxar com muita força para trás o cordão; quanto mais para trás ela é puxada, mais precisa e longe ela vai chegar.

A preparação do lançamento se dá puxando a flecha bem rente aos olhos onde se encontra a mira. No momento do lançamento a Flecha ganha a sua liberdade para fazer aquilo que pela qual ela foi designada; acertar o alvo e esse movimento de puxar bem para trás para lançar pois não faria muita lógica trazer a flecha pra trás se não tivesse o cordão e o Arco para dar este grande impulso.

Arqueiro: É aquele que sabe manejar o Arco e não só no sentido de usá-lo bem, mas de como fazer a cada elemento que compõe o seu ofício de Arqueiro. Quem é Arqueiro faz o Arco e a cada parte e para determinado alvo. Assim como as Flechas, ele escolhe a madeira, a fibra utilizada para arquear a madeira e faz o ângulo correto para o lançamento. Ele faz a Flecha também obedecendo ao fim de que ela se destinará e a que tipo de alvo irá atingir. Ele sabe como se posicionar como proteger os dedos e carrega na Aljava as suas próprias Flechas. O Arqueiro não usa Flechas que não são as dele, mas elas foram feitas pensando no formato da sua mão e para o que ele a vai usar. Cada flecha em sua aljava pode ter espessuras diferentes, mas o mesmo modo de ser feita, porque o Arqueiro é único, é diferente do ferreiro que confecciona as peças para outras pessoas. O Arqueiro faz as suas peças para si próprio levando todas as ponderações, tais como, sua altura, qual o tipo de alvo, onde estará o alvo e em que condições. Nada que ele faz com os seus instrumentos é aleatório e sim tudo pensado analisado e colocado em questão para o seu único fim que é acertar o alvo, diferente de uma fabricação em série.

Alvo: O objetivo que leva o Arqueiro a confeccionar o Arco, as Flechas e a Aljava dependendo do que o Arqueiro quer ter como o Alvo, podendo ser uma caça ou uma mira onde temos que acertar no meio do Alvo (chamada também de mosca).

O Alvo é o lugar de morada da Flecha é onde ela termina o seu percurso desde quando ela foi criada. É o lugar aonde termina o seu caminho percorrido. A Flecha mesmo escondida na Aljava tem seu propósito e tem seu tempo para ser lançada.

Aljava: Local onde se armazenam as flechas que estão prontas para o uso. O Arqueiro escolhe a Flecha pelo que ele ver a frente e pelo que ele sente ao tocar em determinada a Flecha (lembra que eu falei que existem Flechas de espessuras diferentes para diferentes alvos?). A Aljava é lugar de repouso das Flechas feitas manualmente pelo Arqueiro e também o lugar seguro tanto para as Flechas, quanto para o Arqueiro, pois quando ele ao colocar a mão na aljava ele sabe que sempre terá uma flecha para lançar.

A Palavra de Deus usa muito dessas analogias como Flechas Arcos, Aljava, Arqueiro e Alvo para que possamos refletir e ter entendimento acerca do que está sendo dito. Parando para analisar em tudo que foi colocado acima vemos que o que mais nos dói às vezes é não fazer mais parte de algo que era relevante para nós e só vemos a mão do homem ou o líder aquele que tira, o patrão que manda embora, a vida que não deu certo. Está é uma Flecha não escolhida para ser usada pelo Arqueiro naquele momento. Mas quando mudamos a perspectiva do nosso olhar egoísta vemos que não fomos tirados de nada e sim Deus nos puxando para trás para ficar mais perto Dele e para que sejamos lançados mais longe e no alvo que Ele nos determinou. Ficar guardado na aljava de Deus é ficar num lugar seguro e secreto, porque muitas vezes precisamos afiar a nossa ponta, nossas arestas ou precisamos mudar atitudes e acabamos que não estamos preparados para ser lançados e atingir o alvo que Deus determinou. Objetivo do Arqueiro é usar a sua Flecha e o de Deus também. Não queime etapas ou extrapole os processos do Pai, porque os pensamentos que Ele têm a respeito de nós são pensamentos de paz e não de mal. Que não tenhamos pressa de sermos lançados para cumprir aquilo que Deus determinou. Temos que ter o entendimento de que Ele está no controle deste lançamento, Ele sabe o quão preparado estamos para sermos lançados, porque Ele não erra nenhum Alvo e nem desperdiça nenhuma de Suas Flechas. A meta do Arqueiro é acertar o Alvo, a meta da Flecha é acertar o Alvo e por isso o tempo é o grande aliado para que essas duas metas sejam alcançadas. O Alvo é o destino determinado para todos esses objetos descansarem, porque estarão cumprindo o fim ao que foi determinado pelo nosso Pai. Somos Flechas guardadas nas mãos do Arqueiro dentro de Sua Aljava para atingir o Seu Alvo.

Cristina Cunta - Espaço ELOHIM