terça-feira, 7 de novembro de 2017

COMPAIXÃO






 

Compaixão, uma diferença em nossa vida “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30) A compaixão pode ser o que mais vai nos diferenciar nos dias atuais. Ter compaixão não é ter um sentimento de piedade pelo outro e seguir em frente. É agir na direção daqueles pelos quais nos compadecemos, assim como Cristo fez em nossa direção e na direção de tantos quando esteve no mundo. 

Jesus Se movia através da compaixão. A compaixão era um sentimento que O acompanhava em cada estender de mão a alguém. Foi por compaixão que Ele curou os cegos quando saíam de Jericó. “Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram.” (Mateus 20:34) Quando nos movemos em compaixão na direção das pessoas, Deus nos usa para trazer alívio em diferentes momentos, como podemos aprender com Jesus. Para cada situação, Jesus Se movia em compaixão para suprir a necessidade daqueles que iam em Sua direção. Hoje, como Igreja somos na terra o reflexo de Jesus. Logo, devemos agir como o nosso Mestre e nos mover em compaixão para ajudar aqueles que, de alguma forma, buscam socorro em nós. Quando uma grande multidão se reuniu ao redor de Jesus para ouvir a Sua sabedoria e aprender os princípios do Reino de Deus, ficou ali por três dias, que passaram como fração de segundos, tamanha a inteligência e sabedoria do Mestre. Após discorrer sobre vários assuntos, era necessário que cada um voltasse para a sua casa e colocasse em prática o que havia aprendido. Só que Jesus sabia que se despedisse o povo com fome, eles morreriam, e os princípios, outrora ensinados, seriam perdidos. Então, agiu com compaixão e providenciou oferecendo além do alimento espiritual, a comida física para suprir a necessidade do povo. “Tenho compaixão da multidão, porque já há três dias que estão comigo, e não têm que comer.” (Marcos 8:2). Jesus nos dará uma grande multidão e com ela virá a compaixão para administrarmos com sabedoria. Levaremos várias formas de alívio à vida dos que precisam, como: ALÍVIO DA INDIFERENÇA.

A indiferença é o antônimo da compaixão. Não podemos olhar com indiferença as pessoas que estão ao nosso lado sofrendo. Jesus, mesmo sabendo da indiferença que existia entre judeus e samaritanos, não hesitou em conversar com a mulher samaritana, como vemos em João 4. O maior diálogo do Mestre com alguém foi com a mulher samaritana, esclarecendo suas dúvidas, anseios, consertando a sua vida de prostituição e ensinando a ela como beber de uma Água que saciaria toda a sua sede. Foi um diálogo que transformou uma vida e arrebanhou uma cidade inteira aos pés de Jesus. “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. [...] E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” (João 4:28-30,39-42) 

ALÍVIO DA DOR E SOFRIMENTO CAUSADOS PELA MORTE. Quando alguém que amamos morre, experimentamos dor e um sofrimento terrível. Somos obrigados a conviver com a saudade causada pela ausência daquele que não mais vamos poder ver, abraçar, sentir... Jesus viu a dor e o sofrimento da viúva de Naim. Ela, além de já ter perdido o marido, também perdera o filho. O texto de Lucas 7:13 deixa claro que Jesus, movido de compaixão, tocou o caixão e restituiu a vida ao jovem, entregando-o à sua mãe. “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.” (Lucas 7:13) 

ALÍVIO DA ENFERMIDADE E VERGONHA. Pela lei, uma pessoa acometida de lepra deveria viver isolada da comunidade. Quando o leproso de Marcos 1:41 aproximou-se de Jesus, ele não queria apenas ser curado da lepra, do mal que tomava conta do seu corpo, mas desejava também ser devolvido ao convívio com a sociedade. Diante do clamor da alma daquele homem, Jesus estendeu a Sua mão para socorrer a necessidade que tinha e restituir-lhe o que havia perdido: o direito de viver. “E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.” (Marcos 1:41)

ALÍVIO DO CANSAÇO. A Bíblia deixa claro que Jesus não Se preocupava apenas em pregar o Evangelho do Reino e curar a enfermidade do povo ou alimentar os que estavam famintos. Jesus também tinha compaixão ao ver o povo cansado e sobrecarregado. Ele sabia que o cansaço poderia atrapalhar todo processo ensino/aprendizagem do povo. Ao olhar para as multidões, a Bíblia registra mais um momento em que Jesus, movido de compaixão, viu a aflição na qual o povo se encontrava, cansado e sobrecarregado, como ovelhas que não tinham um Pastor que se importasse, de verdade, com suas necessidades. “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9:36) 

Hoje, como Igreja, como tem sido o nosso comportamento? Será que temos nos movido com compaixão ou temos trilhado o caminho oposto ao ensinado pelo Mestre, o da indiferença? Faça uma reflexão sobre a sua vida, mas não pense apenas em como as pessoas têm deixado de socorrer as suas necessidades, em como elas não têm agido com compaixão na sua direção. Pense em como você tem agido com aqueles que têm ido em sua direção, clamando por ajuda e você não tem escutado... 

É tempo de arrependimento e de salvação! Se fomos alcançados, é porque Jesus Se moveu em compaixão por nós, de forma que não poupou Sua própria vida para nos salvar. E o que temos feito? Essa é uma pergunta que não pode ser respondida na coletividade, mas no seu interior. É você com o Espírito Santo...


Pastor Anderson Clayton
Ministério M.I.P.E.S - São Paulo (SP)

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